Já estou há algum tempo tentando nomear o que havia entre essas duas pessoas. Se o nome disso é amor, posso dizer que estou desnomeando. O amor é complicado demais para ser comparado com aquele sentimento simples, espontâneo, sem artifícios ou malícias.
Explicações nunca foram pedidas, nem motivos foram apontados. Os dois se completavam, se entendiam com o olhar. "Me sinto como se não possuísse reflexo no espelho. Eu era como o vento, produzia sons, porém era invisível. Você me deu as cores" - ele dizia.
Ela, colorida, artística, visível. Ele, sonoro, cantante, audível. Conseguiu sim, ensiná-la a ouvir e esta aprendeu de forma tão brilhante que sentia sons. Sentia os sons dele. Agora, ele tinha um alvo, alguém para cantar, alguém para acalmar com sua voz e as vibrações das cordas de seu violão.
Assim, mantinham-se, um aprendendo com o outro. Ela, pacientemente, o ensinou a tocar as cores, a dedilhá-las; ensinou a colocá-las em suas músicas e aprendeu a imitar sons em suas pinturas. Era uma relação quase sinestésica. Ele a acalmava com sons, ela dava asas à imaginação dele com suas cores e detalhes.
Por isso o sentimento era quase palpável. Eu, mesmo de longe, percebia o que havia entre os dois. Gostava de observá-los, de ver a paixão mútua; gostava de escrever sobre aquele casal, de desenhá-lo. Era interessante, fácil e intrigante.
Frequentávamos o mesmo gramado na época em que eu era universitário. Era difícil não reparar neles, chamavam a atenção com sua espontaneidade. Era algo bonito de se ver, deveras. Florescream juntos. Gostaria de encontrá-los novamente, para ver o que o destino lhes reservara.
Sem pensar duas vezes, e confiando na minha intuição, eu poderia afirmar que se casaram e hoje vivem numa aconchegante casinha no estilo chalé, numa cidade de clima ameno; há um jarancadá no jardim, com um balanço num dos no galhos, onde três lindas crianças brincam até o cair da noite.
Não sei que fim este casal teve. Para ser sincero, nem sei se eles realmente tiveram um fim . Acho que perdura até o presente, firme, sustentados pelo tal sentimento que parece amor, mas não o é. Entre cores, sons, matizes e acordes, eles se encontraram, se apaixonaram. Tenho a impressão que minha especulação sobre o destino deles não passa de um mero esboço do que realmente aconteceu. É, talvez eles tenham encontrado o verdadeiro sentido de tudo, mesmo sem ter feito nenhum esforço para isso.
Explicações nunca foram pedidas, nem motivos foram apontados. Os dois se completavam, se entendiam com o olhar. "Me sinto como se não possuísse reflexo no espelho. Eu era como o vento, produzia sons, porém era invisível. Você me deu as cores" - ele dizia.
Ela, colorida, artística, visível. Ele, sonoro, cantante, audível. Conseguiu sim, ensiná-la a ouvir e esta aprendeu de forma tão brilhante que sentia sons. Sentia os sons dele. Agora, ele tinha um alvo, alguém para cantar, alguém para acalmar com sua voz e as vibrações das cordas de seu violão.
Assim, mantinham-se, um aprendendo com o outro. Ela, pacientemente, o ensinou a tocar as cores, a dedilhá-las; ensinou a colocá-las em suas músicas e aprendeu a imitar sons em suas pinturas. Era uma relação quase sinestésica. Ele a acalmava com sons, ela dava asas à imaginação dele com suas cores e detalhes.
Por isso o sentimento era quase palpável. Eu, mesmo de longe, percebia o que havia entre os dois. Gostava de observá-los, de ver a paixão mútua; gostava de escrever sobre aquele casal, de desenhá-lo. Era interessante, fácil e intrigante.
Frequentávamos o mesmo gramado na época em que eu era universitário. Era difícil não reparar neles, chamavam a atenção com sua espontaneidade. Era algo bonito de se ver, deveras. Florescream juntos. Gostaria de encontrá-los novamente, para ver o que o destino lhes reservara.
Sem pensar duas vezes, e confiando na minha intuição, eu poderia afirmar que se casaram e hoje vivem numa aconchegante casinha no estilo chalé, numa cidade de clima ameno; há um jarancadá no jardim, com um balanço num dos no galhos, onde três lindas crianças brincam até o cair da noite.
Não sei que fim este casal teve. Para ser sincero, nem sei se eles realmente tiveram um fim . Acho que perdura até o presente, firme, sustentados pelo tal sentimento que parece amor, mas não o é. Entre cores, sons, matizes e acordes, eles se encontraram, se apaixonaram. Tenho a impressão que minha especulação sobre o destino deles não passa de um mero esboço do que realmente aconteceu. É, talvez eles tenham encontrado o verdadeiro sentido de tudo, mesmo sem ter feito nenhum esforço para isso.
Ai que lindo. É difícil definir o amor, mas essa "magia" bem me parece isso. Quando você ama - e é correspondido - o seu sentimento se traduz nas suas sensações e nos seus gestos, como os desse casal.
ResponderExcluirUm ótimo conto - amei.
eu adoreeeei! quem pode pode né?! vc manda muito lipe! =))
ResponderExcluirÉ, talvez eles tenham encontrado o verdadeiro sentido de tudo, mesmo sem ter feito nenhum esforço para isso.
ResponderExcluirAi Liipe, como eu te amo, mesmo sem a gente saber o sentido de nada.
as vezes é melhor só sentir em vez de tentar explicar...
ResponderExcluirte amO mt irmãozinho
Ótimo texto, me prendeu em cada linha, mas nesse começo:
ResponderExcluir"Se o nome disso é amor, posso dizer que estou desnomeando. O amor é complicado demais para ser comparado com aquele sentimento simples, espontâneo, sem artifícios ou malícias."
Confesso que logo que li isso, pensei: isso é exatamente amor, o que não é amor é essa coisa complicada cheia de jogos que acontece com a maioria, ou até é, mas deformado.
Esse sentimento é o amor mais puro e o mais gostoso de descrever, porque é com ele que a gente sonha e é ele o mais difícil de encontrar.
Beijos
Caraca. Muito legal. É difícil achar um GAROTO que seja tão espontâneo com as palavras. E agrade, que é o importante.
ResponderExcluirSigo o seu blog e espero outros textos tão bons quanto este. Ah! Li outros do seu blog.
Depois vc dá uma passadinha no meu também e deixa um coment. Thank's. =)
Lucas
Fê *-*, já faz um tempo que não passo por aqui e não aprecio sua escrita e sua história, certamente continuam maravilhosas *-*, deixeu um selinho pra ti no meu blog 1s2
ResponderExcluiro amor é mesmo complicado... mas existem algumas exceções, e essas, fazem toda a diferença.
ResponderExcluirp.s: gosteidaqui, de seus textos, ou seja, to seguiindo
;*
Como escreves bem ao falar de Amor. Me apaixonei pelo texto. "Entre cores, sons, matizes e acordes, eles se encontraram, se apaixonaram." ARRASOU. Lindo demais. Seu blog terá um cantinho nos meu "Bests Blogs" OK? Sempre que postar, verei e , é claro, virei aqui. Parabéns. E estou a seguir.
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