7.11.12

Corriqueiro Corredor

 - dá o play aqui antes

Dia desses me aconteceu uma situação curiosa, boba. Todos os dias passo pelo mesmo corredor, às vezes apressado, outras pensando que "olha, vou chegar cinco minutos mais cedo hoje" e entro na última porta - cinza - do corredor pra começar mais uma jornada de trabalho. Sempre tão mecânico quanto pareceu  até que houve uma falha na energia que me fez sair da sala procurando um pouco de ar diferente do condicionado.

Parei, pela primeira vez, para observar o caminho que eu fazia todos os dias e então, quase cinco meses depois, percebi que existia um jardim repleto de roseiras em frente às janelas do corredor. O sol forte deixava ainda mais intenso o vermelho das rosas; fiquei ali por alguns instantes meio perdido, meio encontrando, observando. Não fazia sentido. Como eu não percebera o jardim antes? Ele sempre esteve ali.

Talvez as roseiras não tenham sido a única coisa que passou despercebida por mim na constante maratona que é a vida de gente grande. E o que mais eu deixei passar sem olhar uma segunda vez? Não custa muito parar por um instante, olhar novamente e se deixar encantar por alguma peculiaridade que existe no seu ambiente rotineiro. Quem sabe não escape um sorriso pelo canto da boca porque algo novo apareceu daquela quarta-feira infinita. Não quero parar de perceber essas minúscias. Não quero perder a vida tentando ganhá-la. Quero sentir a beleza que tem no mundo.

29.10.12

Pontinhos

Naquela quarta-feira o céu amanhecera azul, equivocadamente. As nuvens cinza já cobriam o semblante do rapaz e pra que tomassem conta do céu não foi necessário esforço grandioso demais. As risadas se foram, escaparam junto com a euforia assim que o abraço se soltou. Tantas peças já lhe foram pregadas que agora mais parece uma colcha de retalhos. Por sorte - ou não - em grandes corações sempre há espaço para mais um remendo. Escolheu um pedaço liso e bege para que não notassem o conserto e lá foi ele, caminhando devagar e se preparando para suportar as agulhadas necessárias para parecer inteiro novamente aos olhos crus.


26 de setembro, na aula de literatura que eu devia prestar atenção ao invés de escrever

24.6.12

Restinho do chá de sumisso

De repente, por um lapso racional do destino, o quebra-cabeças da sua vida vai se ajeitando. Algumas coisas que parecem não fazer sentido passam a ser concretas, boa parte das coisas que voce desejava para si aconteceram e por um momento - entre tantos outros - você pode sorrir aliviado. Finalmente meu pedido fora atendido: queria mais material, vida mesmo. Queria viver para me abastecer de matéria prima e processa-la para depois transformar no que eu chamo de minha arte - tudo isso que vocês leem aqui no blog.
Porém, de repente - num repente maior ainda que o anterior - percebi que não era necessário me esquecer de algumas coisas para ter outras. É possível explicar, ou pelo menos tentar, as mudanças enquanto elas acontecem. Por isso resolvi que era hora de voltar. De contar, de poesiar e colorir. Não como obrigação, mas como simples consequência do que vivi e do que foi me dado em todo esse tempo - é o mínimo que eu posso fazer com toda a beleza que presenciei. É hora de compartilhar.


7.5.12

Chá de sumiço

Já deu pra perceber que meu plano de manter o blog atualizado não deu certo e como eu sempre tenho uma desculpa, aqui está o motivo desse outro sumiço resumido numa tirinha feita carinhosamente:

clica na imagem que aumenta :) 
~claro que eu extrapolei exagerei na tirinha, o que aconteceu realmente foi que o carregador do note quis brincar de Power Rangers - TECLA SAP: Soltou umas faíscas, queimou e não cumpriu com o prometido. Recado dado. me sigam @felipeller hihi