Como sempre, toda sexta-feira, quando estou subindo meu morro, olho para o Céu.
Estava deslumbrantemente bonito. Durante o dia, ele se contentou em ficar variando em tons de prata sólida.
Porém, naquela hora, estava azul e as nuvens estavam brigando.
Quer dizer, dançando; Pareciam um casal.
No topo das montanhas, as nuvens cinzentas deslizavam, fazendo cortesia àquelas nuvens dourado-avermelhadas, que ainda insistiam em refletir os poucos raios do sol que ainda restavam no horizonte.
O tom sério de cinza que as nuvens mais baixas tinham estava em pleno contraste com o brilho cintilante que as nuvens coloridas possuiam.
Era harmonioso.
O vento, maestro, ditava a melodia em que as nuvens dançavam.
Um show que estava se encerrando.
O vento se tornava mais frio, e as luzes que o Sol carregava estavam se apagando, dando lugar a um outro epetácul não menos bonito.
Após o bailar das nuvens, abrindo seu espetáculo, ela assumiu o palco com maestria. A Lua, um único holofote. Um show sóbrio de Jazz e Folk, embalando a noite singular que estava por vir. Para uns, sossego; para outros, agito.
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