9.2.10

Das páginas de Alice...


E cá estou eu de novo. Finalmente, resolvi comentar o livro Alice no País das Maravilhas de Lewis Carrol. Para ser sincero, ainda me considero leigo para comentar uma obra tão complexa. É um livro infantil que, ao mesmo tempo que conta a aventura de uma menininha inglesa numa terra maravilhosa e louca, cria interrogatórios filosóficos sobre coisas medíocres e ao mesmo tempo inteligentes; coisas que seriam capazes de dar um nó na cabeça. Também satiriza as cantigas que eram ensinadas às crianças, questionando os costumes da época, de forma indireta;

Alice passa por várias experiências um tanto anormais - e fantásticas - por lá; tanto que em determinada parte do romance, ela afirma não saber mais quem é, devido a tantas mudanças em de tamanho que confundiram-na, já que não tinha mais referência do que seria grande ou pequeno. O livro questiona tudo a cada momento; porém, minha "confusão" preferida acontece quando Alice e um "mordomo" discutem para saber quem realmente está do lado de fora da porta - realmente não há fora ou dentro absoluto.

A Duquesa - que na versão para o cinema, foi transformada em Rainha Branca, interpretada por Anne Hathaway - em uma de suas falas, me deixou perdido em pensamentos por um instante. Foi por culpa disso: "Nunca imagine que não ser diferente daquilo que pode parecer aos outros que você fosse ou pudesse ter sido não seja diferente daquilo que tendo sido poderia ter parecido a eles ser diferente." que fiquei pensando por muito, muito tempo mesmo, me esquecendo da minha leitura. Não posso esquecer também do Gato de Cheshire ( e quem não conhece o Gato-que-Ri?), que questionou a lucidez dos gatos, dos cachorros e de Alice - que foi classificada louca por ele, pelo simples fato de ter ido ao País das Maravilhas.

Ainda me questiono por qual motivo, razão, circunstância eu demorei tanto para me interessar por essa história. Talvez se tivéssemos pessoas melhores hoje, se estas tivessem sido educadas com leituras que estimulam o raciocínio. Antes, Alice no País das Maravilhas era considerado simples literatura infantil, mas com o tempo, a obra ganhou destaque e passou a ser visto como um prazeroso livro filosófico para pessoas de todas as idades. E, com toda certeza, esse é um livro que recomendo para ler, reler e reler...

Acho que vou me segurar e parar por aqui mesmo, já que se eu fosse falar como admirei a obra, como fiquei maravilhado com todo esse mundo novo, das coisas que aprendi, de como vi que as coisas podem ser vistas por uma outra perspectiva; se eu fosse falar tudo que eu quero sobre esse livro, o post ficaria maior ainda. Nesse caso, recomendo mesmo. Leia Alice no País das Maravilhas - aposto que quanto terminar, também sentirá gosto de quero-mais.

4 comentários:

  1. fê, compartilhamos essa adoração por alice. lembro de ter lido o livro em alguma coisa próxima da quarta série, mas lógico que não passou de exercício para prova: eu não conseguia ler nada além das palavras escritas e escancaradas. eu nunca conseguiria ver o que você, mais velho, viu.
    mas enfim, estou com o livro traduzido aqui na escrivaninha pra ler. acho que vou ter que me contentar com ele, porque o inglês com certeza será difícil pra mim.
    estou louca para ver o filme, e tudo mais. tomara que com a obra popularizada no cinema, mais pessoas se interessem pela escrita.
    e só mais uma coisinha. no terceiro parágrafo, a primeira frase está com alguma coisa faltando, voce escreveu assim: "A Duquesa - que na foi transformada em Rainha Branca".
    beijo.

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  2. Não tenho adoração pela Alice, estou lendo o livro como você bem sabe, mas para mim é uma leitura comum, uma boa leitura. Mas apenas isso.
    Acho o Carrol um tanto louco demais pra minha leiga compreensão, estou tentando fazer uma comparação entre Peter Pan e Alice e até que se parecem muito!
    O livro vai virar best seller agora com filme, milhares de pessoas lerão e eu gostaria mesmo que ele fizesse muito mais sucesso que Crepúsculo, ao menos as meninas leriam sobre coisas que são ficção mas servem para a mente.
    Sinto saudades.
    E adorei essa imagem da Alice, tem no livro que estou lendo.
    Beijoo!

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  3. Acho que só eu não gosto da Alice, mesmo assim vou ver o filme por causa do Depp. Não sei, sinto que a história dela não tem aquele "tchan". Acho que prefiro as histórias do S. King. Em comparação a clássicos de histórias infantis, sou muito mais Peter Pan. E concordo com a Tay, estou torcendo para que o filme faça mais sucesso do que Crepúsculo (que eu já não gostava).
    Beijos.

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