Ontem, passei o dia na chuva, com as pessoas que eu amo tanto.
Mas, não era a mesma chuva de sempre.
Era quase doce, tinha gosto de quero-mais.
O melhor de tudo foi que as pessoas não se intimidaram.
Ela estava completamente amigável e acompanhou nosso piquinique a tarde inteira, fervorosamente.
Andamos pelos campos de grama, pisamos em lama, rimos muito. Dia inesquecível. Melhor impossível. Acho que se houvesse sol não teria dado tão certo.
Esquisito. Desde que eu comecei a postar aqui a chuva não deu trégua - e eu não reclamo.
Não tivemos mais de dois dias seguidos ensolarados aqui em Alto Jequitibá.
Comentário ridículo, mas farei-o: Me sinto em Forks.
Pra caminhar na frente do Sol, é preciso ter a Lua como meta.
Ok. Filosófico.
Mas eu a vi hoje, majestosa, em formato de U, linda no céu, dando o ar de sua graça após dias sem aparecer. As estrelas estavam lá. Sóbrias. Um enfeite à parte. E olha que eu percebi tudo isso enquanto eu conversava sem parar. Detalhista. Esse sou eu.
Também fui apelidado de: Pessoa-com-senso-crítico-que-odeia-presentes. Pra começar, nem um nem outro. Meu senso crítico não é mau, só exigente. Odiar presentes? Eu lá sou retardado, é? Presentes são afeto materializado. Presenteie. Isso pode transformar o dia de alguém - mas não se esqueça de ganhar alguns.
Meu novo livro passou de simples ideia para feto em formação. As ideias estão chegando no lugar. Apesar do trabalho que me deu encontrar os nomes típicos de meus personagens, os nomes são fabulosos. E o nome do romance já foi definido, mas isso é surpresa.
Como cantou o Blind Melon:
"Tudo o que eu posso dizer é que minha vida é bastante simples
Eu gosto de ver as poças se formando com a chuva.
Eu não entendo porque durmo o dia todo,
E eu começo a reclamar que não tem chuva
E tudo que eu posso fazer é ler um livro"
Simples assim.
Deitar na minha cama, colcha verde-pistache, o canto da chuva lá fora, um bom livro...
O que mais eu posso querer?
Um picolé de menta.
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