28.3.12

Relato de uma Causa Perdida #02

As noites que antecedem aniversários são sempre um martírio - parecem mais longas e mais solitárias do que todas as outras 364 que sobram no calendário. Solitária por opção, claro; mas somente por eu ser a "dona da festa". Hoje é o dia em que me permito ser fraca, o único - e que ninguém veja. É o dia em que a máscara cosmética não me cobre o rosto e joga meu corpo contra as luzes dos clubes noturnos. É quando eu tenho olheiras e choro. Mesmo assim ainda não me esqueço que me falta destino certo pra esse fim de semana - o que me desespera gradativamente e toma parte da minha atenção.

Estou um ano a menos de distância da metade da terceira década da minha vida; me arrasto pro canto da cama para abrir espaço para a frustração que aumenta a cada momento. Eu deveria ter um título depois do meu nome; algo condizente com minha formatura que não foi ano passado... nem no outro - mas deveria. A última coisa de que me lembro em dias diferentes do de hoje é de estar fracassando um curso ridículo de graduação que eu nunca quis. E o quanto dói gostar tanto do tempo em que minha única preocupação era não terminar a noite sozinha.

Queria ter a chance, umazinha apenas, de ver numa bola de cristal ou que uma cigana me contasse como estaria tudo se eu fosse diferente no meu passado. Talvez eu gastasse meus vestidos caros em coquetéis finos - não os mergulhando em drinks de boates baratas. Gastaria meu batom conversando com doutores entendidos ao som de lounge ao fundo ao invés de bêbados sem base alguma. O que me lembra: minha base facial acabou. Preciso de uma nova: Tem festa na boate sábado.


Não gostei desse texto. Mas como disse, não posso prender nenhum eu-lírico. Jaz postado.

25.3.12

Relato de uma Causa Perdida


Continuo bebendo vinho barato para espremer sorrisos, buscando uma fuga pra minhas frustrações mais secretas.  E enquanto isso a vida vai passando bem à minha frente, levando as pessoas e colocando algumas incertezas no lugar que costumavam ocupar. Parece drama, mas de fato não é. Apenas não mais. Talvez eu só esteja filosofando, ou talvez a maior sina da humanidade inteira seja o poder da adaptação; isso que te faz acostumar com as situações mais incômodas pelo fato de acontecerem com minúsculos intervalos de tempo. Isso que me faz não ter vontade de mover um músculo sequer em prol da mudança do meu status vitalício.

A meia lua está sempre sorrindo, trajando um belo vestido azul-negro cravejado de cristais reluzentes – quer companhia melhor? Eu queria. Queria que as conversas de bar deixassem de ser de bar e que o caixa não sorrisse por arrancar meu dinheiro. Sorrisse e só. Todas as pedras da rua que testemunharam mais uma noite em solo pareciam ter pena, mas no fundo eu sei que é apenas mais uma das minhas tentativas de me enganar. Elas perpetuam-se. Eu me vou.

E indo me vou, carregando mais uma rolha pra minha caixinha-de-memórias – que só contém rolhas. Ela não é muito diferente da minha cabeça, que guarda uma memória criada e desemboca num futuro brilhante. Alguns amores inventados, discussões de mentirinha e mais horas e horas a fio refém do que eu chamo de vida. Minha vida que me tranca, da qual eu não quero fugir. Tenho uma pequena alforria nas noites de sexta, mas com o raiar do sol já estou de volta. Já faz tempo que parei de me questionar o porquê disso ou daquilo. Estou acomodado nisso que chamo de rotina, só que às vezes dá vontade de ir a um lugar novo; quem sabe aprender qualquer coisa ou encontrar com a responsabilidade pra bater um papo –mas só às vezes. E se acontecer, que não seja nas noites de sexta: é dia do vinho.


17.3.12

#Desenho


Como eu disse aqui, desenhar pessoas desconhecidas pra mim é realmente divertido! Encontrei a imagem no WeIt e o clima da foto me chamou a atenção. 
o esquema ainda é o mesmo, clica no desenho que ele aumenta :)

12.3.12

Easy as 1, 2, 3!

Título sem sentido? Tá vendo resquício de um monte de imagem no mesmo post? Sentindo aquela felicidade mongol nas entrelinhas? Isso mesmo, meme à vista! 8D
Lucas me indicou o 10 coisas que amo e a Cary 10 coisas quegosto, então decidi juntar os dois num único post, já que a temática é muito parecida.  Então, conta comigo:

01 – Disney
Está achando que deveria ter um Clássicos antes de Disney ali? Então, tinha. Só que alguns lançamentos mais recentes – como Lilo e Stitch, Encantada, Procurando Nemo (recente, oi?) – realmente me conquistaram e eu não podia deixar de citá-los. Mas mesmo assim, não se pode comparar com a magia que os clássicos possuem, afinal não são chamados assim à toa. Meus Favoritos:

A Pequena Sereia

A Bela Adormecida

Encantada

Lilo & Stich


02 – Astrologia
(Antes de qualquer coisa, não vamos misturar astrologia com religião)
Todo mundo que eu conheço está cansado de saber o quanto eu gosto dessa arte – sabe-se lá porque eu nunca comentei isso por aqui. Particularmente, não acredito que dê pra prever algo tão instável quanto o futuro. O que me encanta são os perfis – raramente não correspondem. É um misto de curiosidade/intriga que me toma quando leio as características do meu signo. Tudo coincide de forma tão certeira que me sinto previsível e redundante.

03 – Cultura Oriental
Tudo começou com os animes que a globo transmitia antigamente (Quem não se lembra de Sakura CardCaptor, Digimon, SuperPig, SailorMoon) que aguçaram a curiosidade e ensinaram a admirar essa cultura. Desde pequeno eu tenho uma quedinha por cultura oriental, mas ultimamente isso tem aumentado vertiginosamente: as músicas, decoração, mitologia, mangas, filmes, as lolitas, a moda, o ambiente oriental... é tudo tão incrível, colorido e convidativo que eu nem sei decidir qual parte é minha favorita!

04 – Doces

Eu realmente preciso dizer alguma coisa? Olha isso:


05 – Programinhas água com açúcar
Não entendeu? É o dia em que todos se juntam no sofá pra assistir aquele filme que já viram um milhão de vezes de novo, com aquela panelona gigante de brigadeiro e muito refrigerante. Claro que o filme não é lá o foco; a diversão fica mesmo por conta dos comentários sobre as cenas já decoradas e toda a gordice que tomam conta do lugar.

06 – Ouvir músicas que ninguém ouve
Outra coisa estranha sobre mim: não gosto de ficar estagnado musicalmente – em eletro, pop ou mainstream, basicamente. Tem quem chame minhas canções estranhas de música pra dormir ou música de velho, mas eu não ligo. Pra mim elas são músicas diferentes e especiais. Composições que não atingem as grandes massas por serem um tanto concisas ou de uma melodia menos digerível – além das letras metafóricas e baixa divulgação de material. Tais músicas tem um lugar especial na minha biblioteca. E claro, elas não são o tipo de música que toca numa festa ou que você compartilha com todo mundo. Só pra dar uma ideia clica.

07 –Party Hard Like a Boss!
Acho que esse é o que eu menos preciso explicar. Eu já tinha um tombo certo gosto pelo tipo de música que domina as pistas, mas eu era tímido – até eu ir numa festa pela primeira vez.  O ambiente escuro, as luzes psicodélicas, a energia que as pessoas emanam enquanto dançam, os mais diversos sabores de drinks; a batida forte que adentra seu corpo e te faz entrar em erupção eufórica durante os movimentos.  A sensação é única e é uma das melhores maneiras – que eu conheço – pra extravasar. Get on the floor!

08 – Telepatia entre amigos
 É indescritível e divertido. Exatamente naquele momento que você não pode dizer uma palavra sequer e só com seu olhar seu amigo adivinha o que se trata. Os olhos estreitos e o sorrisinho no canto da boca ajudam a ter certeza que a mensagem foi interpretada. Sim, é algo banal, mas eu realmente adoro quando acontece.

09 – Debater com pessoas que entendem de música
Esse item mais parece uma continuação do item 06. Música é algo que eu meio que supervalorizo – chego até ser rabugento com determinadas modinhas/novidades. É um assunto bem versátil e complexo, mas divertido – só não é, de forma alguma, abrangente. Afirmo isso por ter certeza que um bom debate sobre música envolve opinião, um extenso conhecimento sobre o estilo discutido, uma gama de artistas semelhantes e também que os falantes tenham algo em comum: não-fanatismo por seus favoritos e maturidade o suficiente pra aceitar que está errado ou simplesmente ouvir uma opinião diferente. Não sou a favor do absolutismo, muito menos da generalização. Sua cantora é a melhor? Vamos lá, me convença! Ou corra o risco de ser convencido do contrário.

10 – Desenhar cenas de desconhecidos
É um costumezinho secreto meu, mas que eu tenho grandíssimo apreço: encontrar fotos aleatórias na internet e simplesmente gostar tanto delas que as transformo em desenhos.  Vez ou outra – bem mais esporadicamente – desenho cenas ao vivo; pessoas sentadas em determinados locais ou alguém que passou por mim e me chamou atenção. Paro ali mesmo, encontro um lugar cômodo, assisto a cena e desenho – nem preciso dizer que isso costuma me atrasar sempre, mas isso são ócios do ofício...

Seguindo as regras do meme, devo indicar pra 10 outros blogs. Porém, como estava longe da blogosfera faz um tempo, vou indicar pra Letícia e Taynná. E claro, quem quiser pegar, sinta-se à vontade.

1.3.12

Um monte de letrinhas


 
 Depois de merecidas férias, cá estou eu novamente. Vocês, leitores universitários, sabem bem o que pode significar um final de período – mas o último foi mais puxado do que o normal. Por isso, resolvi dar um tempinho do blog e ir viver mais – isso mesmo, simples assim. Fui acumular ideias, experiências, sentimentos pra depois compartilhar tudo em forma de textos, poemas e até desenhos. Como eu mesmo esperava, estou de volta junto com o período letivo. Quero agradecer aos novos seguidores, aos comentários no meu último post e por não deixarem de acompanhar o blog – vocês são muito importantes na composição desse pequeno espaço. Que venham as novas postagens e, acima de tudo, é muito bom estar de volta!


*PS. 1: Desculpem a péssima qualidade da foto, tive que usar a cam do note D:
2.tô diferente da fotinho que fica ali né?! ~>

Ah, sim: Lucas Reis e Cary, não esqueci dos memes de vocês viu? Já já eu posto :B