29.6.11

#Curta

 
- Nossa, você está longe...

- Ah, desculpa. Tô só pensando.

- Pensando em?

- Uma coisa meio louca. Temos só uma cabeça. Então, por que não pensamos só uma coisa? Eu penso tanta coisa ao mesmo tempo que... Ei, agora você está longe!

- Ops, foi mal. Tava só pensando...

- E pensando no que mocinho?

- Não sou como todo mundo, acho que tenho algum distúrbio... É, eu tenho mesmo. Só consigo pensar numa coisa o tempo todo: em você.


AMOR. Duas vogais, duas consoantes, dois bobos.

26.6.11

#Desenho


[Achei esse desenhozinho aí perdido entre uns cadernos que eu usava em 2009, no terceiro ano. Era da época que eu ainda desenhava naqueles cadernos de papelaria, que vem escrito na capa "Cartografia", e tem a folha muito muito fina mesmo. Daí, o papel ficava todo ondulado, parecendo que choveu sobre ele. Tenho certeza que esse aí eu não fiz na aula de Educação Artística, porque nela sempre saíam umas coisas bem bizarras, meio uma arte moderna-abstrata. Provavelmente foi na aula de matemática, física ou história. Minhas criações da hora-que-não-pode-de-dentro-de-sala são minhas favoritas. São teimosas. E agora, sei lá, bateu uma saudade dos meus 17 anos, do ensino médio...]

23.6.11

Ele, dela.


Ela sabia que era um purgante, mas tinha suas qualidades. Era fácil de se ouvir, de se olhar; suas veias foram preenchidas com o mais puro romantismo que se tem relato. Já suas mãos e seus movimentos foram dotados de uma sensualidade implícita por poucos experimentada. Já ele era livre, vivia em alta velocidade. Lindo era sua definição. Lindo, sem mais palavra alguma. Escolhia sua presa e tal qual águia, rasgava o céu e comi-a sem pedir permissão ou usando de qualquer tipo de cavalheirismo.

Engraçadinho que só, numa noite fria, o destino resolveu entrelaçar esses dois. Ele a escolhera, e foi em sua direção, rasgando o céu. Ela, que sabia demonstrar interesse sutilmente, o envolveu no seu jogo durante toda a noite. Madrugada adentro foi quando aconteceu o choque de seus corpos, que fez estrondo semelhante a um encontro planetário.

Gargalhadas do destino à parte, o choque planetário repetiu-se, e repetiu-se e repetiu-se. Em seus curtos intervalos de tempo, ela se mostrava amável e doce, mas sempre receosa, com quase uma dezena de pés atrás. Ele estava na sua pose, apenas recebendo os carinhos, os afagos, as palavras doces – que não eram poucas –, as ligações e as mensagens que faziam seu telefone extrapolar as 256 cores de sua configuração original.

Ele nunca refletiu metade do que ela fazia, mas por mais estranho que isso parecesse. A freqüência do choque entre os corpos se manteve por algumas semanas. Reduzindo, reduzindo. Em seu ultimo estrondo – que não fez nada além de um ruído esquisito – algo tinha dado errado. Aliás, não deu. Era o Ela-purgante aparecendo rindo na cara do Ele-egoísta. Foi entediante.

Depois disso, ele desapareceu. Mas desapareceu um pouco antes que a amabilidade, a doçura, os afagos e as cores extras de seu celular sumiram – ficaram com ela, dezenas de pés atrás. Ele lhe dera as costas, esperando ser requisitado de volta. Ela correu pro lado contrário. Lá tinha mais elas; tinha eles menos atléticos, mas com um fôlego mais longo; tinha colisões mais fortes, alinhamentos planetários e até algumas explosões estelares.

Ela ainda é um purgante. Ele ainda é egoísta. Ela ainda tem sensualidade implícita. Ele ainda escolhe suas presas e rasga o céu para come-las, sem pedir permissão ou usar qualquer tipo de cavalheirismo. Ela agora compartilha seu romantismo. Ele ainda vive em alta velocidade. Ela está em outra galáxia. Ele sente saudade. Ela não. Ele... Ah, nem eu sei mais.

20.6.11

Beijos de Beber


 
Ainda fico rindo quando me lembro das nossas discussões que terminavam na cama. Era realmente divertido – você nervoso por eu não falar nada, eu vermelha e recolhida, com medo. Aí eu olhava pra você, do jeito que não podia, pedindo pra ficar bem. Você vinha e me beijava. E era um por cima do outro que tudo se resolvia.

Houve aquela vez em especial que discutimos na lanchonete de nome peculiar. Um detalhe indispensável: tínhamos uma única testemunha, um copo de whisky. Whisky mesmo, com energético. Eu sabia o que você tinha em mente. Discutir, me embebedar e depois ter uma noite selvagem – para que tentasse pegar o que nunca alcançou. Teria dado certo se você tivesse se lembrado de um outro detalhe pequeno: adoro vodka, vinho me derruba; porém, detesto whisky. Em meio a palavras grossas, olhares estranhos e caretas – inevitáveis a cada vez que o copo me ia aos lábios – nossa noite seguiu, terminando com um em cima do outro, pra não perder o costume.  

Amar. Amar não, gostar. Gostar de você era especial, não tinha um gosto bom. Foi diferente de tudo que já me acontecera e por mais que não gostemos de admitir, não era sentimento o que nos prendia – antes fosse. Talvez se nós tivéssemos nos conhecido decentemente a história fosse outra. Admito que às vezes queria outro beijo seu, ninguém nunca me beijou como você beijou – alguns melhores, outros piores.. mas nenhum deles era o seu beijo.

Mas no fim foi divertido, éramos divertidos. Essa é a palavra certa. Era uma grande brincadeira. Duas pessoas brincando com o corpo uma da outra. E assim duramos uma quantidade de dias juntos. Dias que eu não sei explicar como me lembro – não sei se é saudade ou vontade. Lembrar de você, gostar de você tem um gosto. Gosto de Whisky.

17.6.11

Curta


- Ei, tá rindo do quê?

- De você... você ta segurando minha mão..

- Eu tô segurando mesmo sua mão; mas que graça isso tem, bestinha?

- É que eu sinto uma coisa muito boa aqui dentro. Não consigo segurar, e isso só se manifesta assim, em forma de risada. Tá, nem consigo explicar

- Então fica rindo mesmo, você fica lindo quando faz isso.


 O amor não é complicado, as pessoas que o tornam difícil. O amor é só... o amor.

14.6.11

Quibe com Catupiri e Sorvete

Olá pessoas. Que bela manhã está fazendo, não? Estou lutando pra terminar bem esse semestre e o estágio tem tomado boa parte do meu tempo. Porém, hoje arrumei um tempinho e resolvi colocar mais um meme por aqui.

Ah, eu adoro os memes! :3 Os meus favoritos são os que eu acho no blog da Cary. Eu acho tão originais, divertidos e criativos que não resisto e logo plajeio, parafraseio, copio ou sei lá o que e posto por aqui também. Créditos mais do que merecidos dados à autora do Café e Cookies, agora podemos começar:


1) Onde está seu celular? Ali na janela do quarto.
2) E o namorado? Quem, eu? #risos
3) Cor do cabelo? Ah, eu não sei mesmo. Tem quem jure que é loiro, outros dizem que é castanho... acho que é um meio termo.
4) O que mais gosta de fazer? Desenhar, conversar, rir, dançar...
5) O que você sonhou na noite passada? Não sonhei nada ontem, que coisa.
6) Onde você está? No meu ½ quarto.
7) Onde você gostaria de estar agora? Dentro de um abraço.
8) Onde você gostaria de estar em seis anos? Aqui em Viçosa mesmo, terminando meu mestrado e arrumando as malas pra minha viagem pro estrangeiro! Paris

9) Onde você estava há seis anos? Na 7ª série, sendo o esquisito da sala, lendo comics e desenhando X-Men – não que eu não faça isso até hoje, mas sabe como é né..
10) Onde você estava na noite passada? Passando frio muito bem acompanhado por Viçosa a fora.
11) O que você não é? Encrenqueiro
12) O que você é? Preguiçoso, ciumento, magro e detalhista
13) Objeto do desejo? Uma estante
14) O que vai comprar hoje? Comida pro meu peixe, que eu descobri que não é macho nada...
15) Qual sua última compra? Uma Jaqueta.
16) A última coisa que você fez? Tomei café na padaria.
17) O que você está usando? Pijama sem mais comentários.
19) Seu cachorro? Tá em Alto Jequitibá. É.
20) Seu computador? No meu colo *-*
21) Seu humor? Variável.
22) Com saudades de alguém? Manheeeeeeeeeeeeeeeee!
23) Seu carro? Não tenho.
24) Perfume que está usando? Agora nenhum, mas usei Ideale ontem.
25) Última coisa que comeu? 2 pastéis de carne.
26) Fome de quê? Quibe com catupiri e sorvete.
27) Preguiça de… ? Qualquer coisa que tenha que ser feito fora da cama.
28) Próxima coisa que pretende comprar? Comida pro peixe.
29) Seu verão? Sinônimo de pele vermelha, mau-humor e sorvete. [os resultados finais podem divergir, definição meramente ilustrativa] [?]
30) Ama alguém? Claro.
31) Quando foi a última vez que deu uma gargalhada? Ontem.
32) Quando chorou pela última vez? Abril.

11.6.11

Devaneio

Venha andando devagar que eu vou vestir meu melhor sorriso. 
Vamos ver as estrelas essa noite...

8.6.11

Um café e duas tulipas

Nunca gostei de tomar café na vida. Não era por frescura nem por luxo – por simples desgosto mesmo. Nem café, nem chá. Por ironia do destino, desenvolvi o hábito de freqüentar uma cafeteria. Era minha punição, a tortura que me consolava. Sentava todas as manhãs na mesma mesa. Religiosamente. Sozinha. Não demorou muito, o garçom já sabia o que trazer: Um cappuccino pequeno, devidamente adoçado, com baunilha e creme.

Enrolando meu cabelo nos dedos, eu  o bebia lentamente, com movimentos viciados. Boca, pires. Boca, pires. O olhar focado na vidraça gigante. Meu motivo de acordar cedo sem compromissos, o motivo das minhas lágrimas – ali, do outro lado da rua. Todos os dias abria a floricultura, varria a calçada sorrindo, e se sentava à porta da loja para sentir o sol da manhã – era um hábito seu, coisa de uma vida inteira; me lembro como ele ria das minhas reclamações rabugentas por abrir a cortina logo cedo .

Aquele sorriso de céu azul, de dia recém-nascido entrando pela janela... era só olhar pra ele, ouvir sua gargalhada - era quase como receber cócegas; meu mau-humor desaparecia. Tudo isso se tornaram lembranças. Ele ainda sorri, mas não para mim – e já não sinto cócegas, pelo contrário: me machuca. E quando dou por mim novamente, estou entregue às lágrimas.

Sou sua refém consciente. Meu cativeiro é essa cafeteria, minha prisão particular; onde eu venho por livre vontade para te ver. Ver o que eu deixei para trás. Ver o que deveria ser meu futuro. Pra te ver, das mais variadas formas. Com meu cappuccino como testemunha matinal, eu lhe entrego meu tempo, minhas lágrimas de um momento e os pensamentos de um dia inteiro. É aqui que eu venho tentar pegar o máximo de você pra mim, que hoje é quase nada.


1.6.11

Ardentemente


Vem e dize-me. Pronuncia, com voz macia: Te quero!
Me deixa também querer-te e venha. Venha e abuse dos instintos, do tato.
Explore meus hormônios. Deixa-me devorar-te. Venha.